Johann Zarco curva
O piloto da LCR Honda, Johann Zarco, diz que sente que a sua moto pertence novamente ao MotoGP depois de ter alcançado o 12º lugar no Grande Prémio da Austrália.
Embora o resultado em si tenha sido apenas um pequeno sucesso para a marca japonesa, o que encorajou o francês foi o ritmo de corrida e a diferença de tempo para Francesco Bagnaia no último degrau do pódio.
“Foi um ritmo impressionante”, entusiasmou-se Zarco. “Não pude acreditar no que estava vendo no meu painel. Fizemos quase toda a corrida abaixo da marca de 1m29s”.
“Coloquei todo o meu foco em repetir tudo o que estava fazendo e fiquei com os caras à minha frente. Estou feliz porque o ritmo de corrida foi impressionante.
“A moto ainda tem esse limite contra o qual estou lutando, que não consigo virar a moto como quero e controlar a tração. Preciso ser muito conservador – perco metros em comparação com os outros.
“Mas temos que lembrar que há alguns meses parecia que não estávamos correndo na mesma categoria.
"Hoje estávamos próximos dos outros pilotos e a apenas 10 segundos de Pecco Bagnaia, o que é muito positivo", afirmou Johann Zarco após o Grande Prêmio da Austrália de MotoGP.
Este resultado marca o sexto GP consecutivo em que Zarco pontua, com destaque para o 9º lugar no Grande Prêmio da Indonésia, há apenas duas corridas.
No GP da Austrália, Zarco largou em 14º lugar, ao lado do piloto oficial da Ducati, Luca Marini, que conseguiu sua melhor posição inicial da temporada com o 13º lugar. Ambos terminaram entre os pontos, com Zarco completando na 12ª colocação e Marini em 14º.
A confiança do francês foi recentemente partilhada por outros pilotos Honda. O ex-campeão mundial Joan Mir também se mostrou otimista com os progressos recentes na Honda anterior no Japão, o que aumentou a frustração do piloto de fábrica depois de ter sido retirado daquela corrida por Alex Márquez.
Por outro lado, pode ser difícil avaliar a confiança de Zarco após esta exibição na Austrália.
Em primeiro lugar, Zarco tem afinidade com a pista depois de vencer o seu único Grande Prémio em Phillip Island pela Pramac Ducati em 2023.
Em segundo lugar, Phillip Island é uma pista onde as diferenças são geralmente mais próximas e os pilotos podem compensar as deficiências das motos. Esse efeito foi acentuado em 2024 pela falta de tempo em pista seca, o que limitou a capacidade da Ducati de explorar o número de máquinas que possui para coletar dados, por exemplo.
No esforço contínuo da Honda para melhorar a sua sorte no MotoGP, o fabricante contratou o atual diretor técnico da Aprilia, Romano Albesiano, para a sua equipe. Ele começará em suas funções no início da temporada de 2025.
